Encontro intersetorial capacita servidores sobre tipos de violência e a correta notificação dos casos

O protocolo da rede de atendimento exige o correto preenchimento da ficha padrão de Violência Interpessoal e Autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde.

Profissionais da Saúde e Assistência Social de Timóteo tiveram palestra sobre os variados tipos de violência praticados contra mulheres, crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência na última quarta-feira (19/04), no auditório da Prefeitura.

O encontro intersetorial teve como principal objetivo capacitar agentes de saúde, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, médicos e demais servidores que atuam na vigilância socio assistencial, no atendimento às vítimas de violência.

O palestrante Anderson Aquiles, enfermeiro com especialização em Neurociência e Comportamento e bacharel em Direito, abordou todos os tipos de violência, citou exemplos e mostrou a importância do preenchimento correto dos campos da ficha de Violência Interpessoal e Autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde. “Segundo o protocolo da rede de atendimento, é imprescindível o preenchimento correto da ficha padrão de notificação de violência que deve ser realizado por quem atende a vítima”, explicou Anderson.

A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social de Timóteo, Rosanna Borges, disse que o tema não é novo. “A capacitação dos profissionais do Centro de Referência Especializada da Assistência Social (CREAS) e dos demais trabalhadores da rede socioassistencial é uma etapa considerada importante. Ao realizar o mapeamento dos idosos que moram sozinhos no município descobrimos um número que nos surpreendeu. Como temos profissionais concursados que passaram a integrar o quadro das duas Secretarias, é preciso que os servidores entendam o seu papel enquanto trabalhadores do SUAS e do SUS”, disse Rosanna. A secretária frisou que a ferramenta deve ser parte da rotina profissional.

Anderson Aquiles, que coordena o Núcleo de Prevenção a Acidentes e Violência de Ipatinga, ressaltou a necessidade de notificar a Vigilância Epidemiológica do município e também notificar a autoridade policial em até 24 horas. “Todos os integrantes da rede de atendimento devem saber fazer o primeiro contato e o direcionamento do caso”, falou Anderson. Explicou ainda, que pessoas na faixa etária dos 18 a 59 anos que sofrem violência urbana não se encaixam no perfil mencionado, exceto casos de homicídio com dolo eventual, quando assume-se o risco da violência, no caso, por exemplo, pessoas alcoolizadas que provocam acidentes.

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